Star Trek: Discovery Episode 1×14 – “The War Without, the War Within” (2018)
Elenco: Sonequa Martin-Green, Doug Jones, Anthony Rapp, Michelle Yeoh, Mary Wiseman, Shazad Latif, James Frain, Jayne Brook, Mary Chieffo
Roteiro: Lisa Randolph
Direção: David Solomon
Cotação:
ATENÇÃO: caso você ainda não tenha assistido ao décimo quarto episódio da primeira temporada de Star Trek: Discovery, o texto a seguir contém Spoilers.
No penúltimo episódio da temporada, a série diminui de ritmo e prepara o terreno para o que promete ser um season finale explosivo. De volta ao seu universo, a Discovery é abordada pela Almirante Cornwell (Jayne Brook) e uma equipe que inclui o Embaixador Sarek (James Frain). Sarek faz um elo mental com Saru (Doug Jones), e assim ele e Cornwell ficam sabendo de todos os acontecimentos ocorridos no Universo Espelho, inclusive a verdade sobre o Capitão Lorca (Jason Isaacs). Cornwell, que pensava que a Discovery havia sido destruída pelos klingons, percebe então que a nave que teve tal destino foi a Discovery Espelho.
Cornwell atualiza a tripulação sobre a guerra quase perdida contra os klingons, cujos clãs desunidos lançam ataques desordenados mas destruidores contra naves e mundos da Federação. Ela determina que a existência do Universo Espelho e da própria Imperatriz Georgiou (Michelle Yeoh) seja mantida em absoluto segredo. A Almirante assume o comando e traça um curso para a Base Estelar 1, para onde será levada Georgiou. O Tenente Stamets (Anthony Rapp) informa que não será possível usar o motor de esporos, já que o estoque de esporos da nave está exaurido. Lá chegando, com horror Cornwell descobre que a base foi conquistada por um dos clãs klingons. A Almirante resolve ir na detenção conversar com L’Rell (Mary Chieffo), na esperança de que ela ajude a descobrir uma maneira de acabar com a guerra. A resposta da prisioneira é curta e grossa – a paz com os klingons somente será possível se eles forem subjugados pela força. O que foi feito, aliás, por Georgiou no Universo Espelho, conforme a ex-Imperatriz já contara a Burnham (Sonequa Martin-Green).
Enquanto isso, Tyler (Shazad Latif), já recuperado mas ainda traumatizado, é destituído de seu posto e liberado por Saru para circular de forma limitada pela nave. Mesmo com a personalidade de Voq tendo sido eliminada pela intervenção de L’Rell, Tyler reteve todas as memórias dos atos praticados sob a influência do klingon. Ele tenta se desculpar com Stamets pela morte do Dr. Culber, e recebe dele uma resposta dura mas esperançosa – a de que, afinal, pode ter restado nele alguma humanidade. No refeitório ele se isola, mas logo a Cadete Tilly (Mary Wiseman) e outros tripulantes se juntam a ele para animá-lo. Burnham, por sua vez, reluta em revê-lo. Quando finalmente o casal se reencontra, ela diz a Tyler que não consegue esquecer do que ele fez, e cada vez que lhe olha só consegue ver os olhos de Voq. Mas reconhece ser muito difícil manter-se afastada dele.
Após falar com L’Rell Cornwell encontra-se com Georgiou, e após a conversa com a ex-Imperadora nasce um plano arriscado: antes que os klingons cheguem à Terra, a Federação deve atacar o mundo natal deles, Qo’noS, destruindo todas as suas defesas. Mas para tanto a Discovery terá de ir até lá, para fazer um mapeamento dos seus sistemas planetários. A única maneira segura de fazer isso será de dentro do planeta, que possui uma extensa rede de enormes cavernas subterrâneas. Contudo, para chegar lá sem ser detectada a nave terá de saltar usando o motor de esporos, e para tanto Stamets sugere cultivar esporos em um mundo deserto. E isso é feito de forma convenientemente rápida – ainda que numa sequência visualmente muito bonita.
A Almirante Cornwell anuncia à tripulação que a missão a Qo’noS será comandada pela Capitã Georgiou, que para todos os efeitos foi dada como morta mas escapou milagrosamente dos klingons. O episódio encerra quando Georgiou, na verdade a ex-Imperatriz do Universo Espelho, entra na ponte com o uniforme da Federação e assume o comando, sob os olhares de espanto de Burnham e Saru. Com isso Cornwell resolveu dois problemas – garantiu o segredo da existência da Georgiou Espelho e colocou no comando alguém que conseguiu derrotar os klingons em seu universo. Mas será que sou só eu que acho que seria arriscado demais colocar a Discovery sob o comando de alguém que até há pouco era uma líder xenofóbica, racista e que adora kelpianos – como prato principal no jantar? Pelo menos não usaram o recurso da viagem no tempo, já bastante vulgarizado pela franquia.
Deixe seu comentário abaixo, dizendo o que achou deste episódio, e até a próxima e derradeira semana!
Jorge Saldanha
Pingback: Resenha de Série: STAR TREK: DISCOVERY – Episódio “Will You Take My Hand” – ScoreTrack.net
Pingback: Resenha de Série: STAR TREK: DISCOVERY – Episódio “Will You Take My Hand” – SCI FI do Brasil – O Portal da Ficção Científica em Português