Resenha de Série: STAR TREK: DISCOVERY – Episódio “Into the Forest I Go”


Star Trek: Discovery Episode 1×9 – ““Into the Forest I Go” (2017)
Elenco: Sonequa Martin-Green, Jason Isaacs, Shazad Latif, Doug Jones, Anthony Rapp, Wilson Cruz, Mary Wiseman, Mary Chieffo, Jayne Brook, Kenneth Mitchell, Conrad Coates
Roteiro: Bo Yeon Kim, Erika Lippoldt
Direção: Chris Byrne
Cotação:

ATENÇÃO: caso você ainda não tenha assistido ao nono episódio da primeira temporada de Star Trek: Discovery, o texto a seguir contém Spoilers

Star Trek: Discovery chega ao final da midseason da 1ª temporada com um ótimo episódio, que recoloca a série nos trilhos e nos deixa com um gancho repleto de possibilidades. Na continuidade dos eventos de “Si Vis Pacem, Para Bellum”, reencontramos a USS Discovery em órbita do planeta Pahvo, no aguardo da iminente chegada da Nave Sarcófago de Kol (Kenneth Mitchell). O Almirante Terral (Conrad Coates) ordena que o Capitão Lorca (Jason Isaacs) retorne com a nave para a Base Estelar 46, para evitar que ela seja capturada pelos Klingons. Inconformado em deixar os pacíficos Pahvianos à mercê dos belicosos inimigos da Federação, Lorca ordena que a nave retorne mas em Dobra 5, dando tempo para que a equipe descubra uma forma de burlar o sistema de camuflagem da nave de Kol.

Burnham (Sonequa Martin-Green) bola um ousado plano que consiste em colocar dois sensores a bordo da Nave Sarcófago, a fim de revelar a frequência em que opera o seu sistema de camuflagem, o que a tornará detectável. O problema é que isso demoraria dias, e a única forma de acelerar o processo é, durante o combate, a Discovery realizar 133 saltos sequenciais com o motor de esporos nas proximidades da Nave Sarcófago. O problema maior do plano, além do elevado risco de perda da equipe que se infiltrará na nave inimiga, é o progressivo comprometimento da saúde do Tenente Stamets (Anthony Rapp), agora já do conhecimento de seu companheiro e médico da nave, o Dr. Culber (Wilson Cruz). Relutantemente, Lorca concorda com os arriscados procedimentos e ordena que a Discovery salte de volta para Pahvo. Burnham e o Tenente Tyler (Shazad Latif) são enviados para colocar os sensores na Nave Sarcófago, e Lorca convence Stamets a realizar a sucessão de saltos que poderá causar sua morte. Na conversa com Stamets, Lorca lhe revela algo que descobriu analisando os dados dos saltos com o motor de esporos: a tecnologia, além de permitir viagens praticamente instantâneas para qualquer lugar no Universo, também possibilita o deslocamento para universos paralelos ou alternativos.

Utilizando dispositivos que mascaram seus sinais vitais humanos, Burnham e Tyler são teletransportados para a Nave Sarcófago, onde instalam o primeiro sensor. Porém, antes de instalar o segundo, captam um sinal de vida humano nas proximidades. Em uma cela repleta de cadáveres de inimigos de Kol a dupla encontra a Almirante Cornwell, viva mas incapaz de caminhar devido aos seus ferimentos. Subitamente eles vêem em um canto a debilitada L’Rell (Mary Chieffo), que havia sido aprisionada no mesmo local por Kol. Tyler, então, tem uma reação inesperada e entra em estado de choque, tendo visões do que aparentam ser sessões de tortura feitas por L’Rell. Com Tyler incapacitado para lutar, Burnham deixa Tyler com Cornwell e L’Rell e vai colocar o segundo sensor na ponte da nave. Ela tem sucesso e o combate entre as naves começa.

Stamets começa os saltos tendo suas frágeis condições físicas monitoradas por Culber, sendo que antes do arriscado procedimento ambos trocam o primeiro beijo homossexual da franquia (já havia ficado bem estabelecido que os dois eram um casal, porém nunca haviam sido vistos se beijando). Burnham é descoberta por Kol, e para ganhar tempo ela se identifica como a matadora de T’Kuvma e desafia o líder Klingon para um duelo. Kol aceita o desafio e a luta é feroz, mas quando Burnham está prestes a ser morta a Discovery completa seus saltos e, com os dados dos sensores, consegue descamuflar a Nave Sarcófago. Burnham, Cornwell e Tyler são teletransportados para a Discovery levando junto um passageiro inesperado – L’Rell, que ao início do teletransporte se agarrou ao Tenente. Com a equipe salva a bordo, Lorca ordena ataque total à nave de Kol, que explode em mil pedaços.

Vitorioso, Lorca descobre com surpresa (e certamente com apreensão) que Cornwell está viva. O Capitão recusa uma medalha da Frota pela vitória decisiva contra os Klingons, oferecendo-a a Stamets, que é convencido por ele a realizar um último salto para retornar à Base Estelar 46. Cada vez mais envolvido romanticamente com Burnham, Tyler explica a ela a razão de seu colapso a bordo da Nave Sarcófago quando viu L’Rell (agora detida a bordo da Discovery): além das torturas ela abusou dele sexualmente, num ritual de dor e prazer. No salto de volta Stamets desmaia e algo dá errado: ao invés de chegar na Base Estelar, a Discovery encontra-se cercada pelos destroços de uma nave, em um local desconhecido.

Encerrado o episódio, fiquei com algumas certezas. Primeira: deem mais tempo de tela para Lorca e a série vai decolar de vez. Com a atuação perfeita de Jason Isaacs, o personagem, mesmo com seus atos e agenda discutíveis, é o melhor da série e caminha para se destacar entre os melhores Capitães da franquia. Segunda: Tyler é mesmo o Klingon Voq em forma humana (pelo jeito em caráter irreversível), porém ainda sem plena consciência deste fato. Com L’Rell agora a bordo da Discovery, essa situação promete desdobramentos bem interessantes para o futuro. Terceira: o salto final mal sucedido levou a nave para um universo paralelo, o qual fatalmente será o conhecido Universo Espelho, já visto nas séries anteriores. E quarta: provavelmente nunca vou entender porque a Discovery teve de dar exatos 133 saltos para acelerar a coleta de dados dos sensores, mas pelo menos o technobable da explicação foi convincente.

Enfim, temos várias razões para aguardar ansiosamente o retorno da série com os episódios restantes de sua primeira temporada. E você, o que achou deste episódio? Deixe seu comentário abaixo, e até o dia 8 de janeiro!

Jorge Saldanha

3 comentários sobre “Resenha de Série: STAR TREK: DISCOVERY – Episódio “Into the Forest I Go”

  1. No After Trek fala pq eram 133 saltos: Uma homenagem ao 1o episódio de Battlestar Galactica, “The 33”. O produtor executivo era Ronald D. Moore, que trabalhou em TNG, DS9 e no início de VOY.

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