TÃO FORTE E TÃO PERTO (Extremely Loud & Incredibly Close, EUA, 2011)
Gênero: Drama
Duração: 129 min.
Elenco: Tom Hanks, Sandra Bullock, John Goodman, Max von Sydow, James Gandolfini, Jeffrey Wright, Thomas Horn, Adrian Martinez, Zoe Caldwell, Gina Varvaro
Roteiro: Eric Roth
Trilha Sonora: Nico Muhly
Direção: Stephen Daldry
Cotação: ****
O último dentre os indicados a melhor filme na edição do Oscar de 2012 a estrear no Brasil, TÃO FORTE E TÃO PERTO (2011) foi destaque no dia do anúncio dos indicados. Foi o único filme a ser aplaudido e recebido com gritinhos de euforia por parte de um grupo de simpatizantes. Achei muito curiosa essa reação. Mas o filme tem recebido uma saraivada de críticas negativas, como aconteceu com O LEITOR (2008), o trabalho anterior de Stephen Daldry, também indicado a melhor filme, três anos atrás. Aliás, dos quatro longas-metragens do diretor, três receberam indicação à categoria principal e BILLY ELLIOT (2000), sua estreia, faturou uma indicação a melhor direção. Um feito tão admirável quanto incompreensível.
Não apreciando os trabalhos de Daldry, estava esperando de TÃO FORTE E TÃO PERTO um filme chato e cheio de falhas. E ele pode ser mesmo chato em alguns momentos e ter suas falhas, mas dá para contar nos dedos os que não as têm. Um dos problemas está principalmente na busca do garoto pelo tal segredo que o pai guardou. Esse argumento é o principal ponto fraco, mas ele é importante para que o filme atinja o seu objetivo final.
TÃO FORTE E TÃO PERTO (esse título nacional incomoda bastante) lida com a perda do pai de um garoto (o estreante Thomas Horn) durante o ataque às Torres Gêmeas no 11 de setembro. Ou “o pior dia”, como o menino costuma dizer. O pai é vivido por Tom Hanks, que com seu jeito de boa pessoa passa também a impressão de pai devotado e amável. A mãe, interpretada por Sandra Bullock, já não tem o mesmo elo com o garoto. Até porque ele sofre de alguns distúrbios – é muito inteligente, mas não consegue se socializar ou viver como os outros de sua idade, tendo algumas fobias.
Ainda que o garoto se saia muito bem, os melhores momentos do filme acontecem graças aos coadjuvantes. Viola Davis, como a primeira estranha que o recebe, chorando, não se sabe por quê; Sandra Bullock, com suas tentativas de se aproximar do garoto e suas declarações de amor tão comoventes; e Max von Sydow, no papel do senhor que não fala e se comunica apenas com gestos e palavras escritas em blocos de papel, mas que se torna o mais próximo da figura paterna que ele perdeu. O final, belo e cheio de amor, talvez não seja tão atraente àqueles que não gostam de filmes que incitam às lágrimas, mas comoveu bastante este que vos escreve.
É, meu caro Ailton, já este que vos escreve não ficou nem um tanto comovido com mais um trabalho chato, pretensioso e equivocadamente manipulador de emoções deste diretor: o filme inteiro (e não só o final) me passou a sensação de querer arrancar a fórceps uma emocionalidade de um público que já está vacinado diante de tolos filmes assim! Os tais problemas psicológicos do garoto acabam sendo o principal mote da “trama” e isso parece não deixar o filme crescer num só instante: um roteiro empacado que nem Max vonSidow salva (num papel quase irrelevante)! E Sandra Bullock?! Bem, coitada… Preferível ela voltar para a série “Miss Simpatia”!
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Assistimos filmes diferentes, Dilberto. :) E eu sei o quanto o filme foi massacrado e foram exatamente essas as opiniões que eu ouvi antes de ver o filme. E sei que muita gente sentiu isso mesmo que você sentiu, mas eu não. Por isso que me vi na obrigação de defender o filme como podia. E a Sandra Bullock, eu tenho um fraco por ela. Me emocionei em praticamente todas as cenas em que ela estava presente.
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Ela é linda, realmente, mas não a considero uma grande atriz… E quem sou eu para discutir com um fã? Rs. A graça de se amar o Cinema é a mesma de se torcer pelo amado time de Futebol: cada um tem o seu favorito! Opiniões à parte, parabéns pelo bom texto! Abraço.
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Obrigado, Dilberto. Quanto à Sandra Bullock, meu amor, se é que posso dizer que é amor, meu amor por ela vai além da beleza estética. Gosto do jeito dela e de como ela transforma filmes medíocres em emocionantes ou engraçados. Uma grande estrela e grande atriz, e que hoje em dia é subestimada.
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