O LOBISOMEM (The Wolfman, EUA, Inglaterra, 2009)
Gênero: Terror
Duração: 125 min.
Elenco: Emily Blunt, Benicio Del Toro, Hugo Weaving, Anthony Hopkins, Geraldine Chaplin, Art Malik
Compositor: Danny Elfman
Direção: Joe Johnston
Cotação: ***
Uma coisa que eu não entendi após assistir O LOBISOMEM (2010) foi a censura para menores de 18 anos. Não achei o filme tão violento a ponto de merecer tal classificação. Na verdade, o lobisomem rasga as pessoas e arranca fora suas cabeças e membros, mas tudo isso é mostrado de maneira que não choca. Funciona mais como entretenimento. O referencial do filme é mesmo o cinema de horror que a Universal fazia nos anos 30 e 40 e de onde veio a sua inspiração. O LOBISOMEM, de George Waggner, aliás, não é apenas inspiração, mas a espinha dorsal do novo filme, que faz algumas modificações bem vindas.
A melhor delas é a presença do investigador do caso de Jack, o Estripador, o inspetor Abberline, personagem histórico que só foi chamar a minha atenção mesmo quando li a graphic novel “Do Inferno”, de Alan Moore e Eddie Campbell. Como resolveram ambientar a trama numa cidade próxima a Londres e no fim do século XIX, a aparição de Abberline foi uma boa sacada. Ele é interpretado por Hugo Weaving, que, a julgar pelo final, pode ser que volte numa possível continuação, caso o filme se saia bem nas bilheterias.
O filme é dirigido por Joe Johnston, cineasta por quem eu nutro simpatia desde que me deliciei com QUERIDA, ENCOLHI AS CRIANÇAS (1989) e depois com o divertido JURASSIC PARK III (2001). O seu O LOBISOMEM faz uma interessante atualização da trama do filme original, que trazia Lon Chaney Jr. como o homem mordido por um lobisomem e que passou a carregar a maldição. No novo filme, Benicio Del Toro encarna o homem amaldiçoado, que se vê apaixonado pela bela noiva do irmão assassinado pelo monstro (Emily Blunt). A presença de Anthony Hopkins ao elenco adiciona mais luxo à produção.
Seu personagem é, ao mesmo tempo, um dos mais problemáticos e um dos mais interessantes do novo filme. Ele é mais um elemento novo à trama. E se no filme dos anos 40, a relação problemática entre pai e filho não foi bem aprofundada, pode-se dizer que o novo filme aproxima um pouco mais na tentativa. O que eu senti falta foi de momentos realmente aterrorizantes e de uma atmosfera de horror mais eficiente. A impressão que fica é que houve um cuidado excessivo com a direção de arte e os efeitos especiais e um certo desleixo na parte dramática. Ainda assim, e apesar da estranha classificação que o filme recebeu, é diversão para toda a família.
Apenas uma pergunta: A música de Danny Elfman é realmente boa?
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É incrível, assisti ao filme há alguns meses e: puxa! É a única coisa que vale a pena no filme. O tema ficou na minha cabeça, então resolvi pesquisar de quem era. Foi uma grata surpresa saber o Elfman estava envolvido.
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Achei tão boa que custei a acreditar que havia sido rejeitada :o Ainda bem que voltaram atrás na decisão. (Inclusive, foi depois de ouvir as duas suites iniciais que um amigo passou a apreciar trilhas sonoras de vários gêneros – antes ele ouvia no máximo as famosas de John Williams)
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Achei que a música desempenha um papel discreto no filme. Ou isso ou não é muito boa. hehehe
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Em breve teremos aqui a resenha da trilha sonora, e adianto que o resenhista gostou mais dela que do filme em si…
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